PERGUNTAS FREQUENTES

O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.
Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

Atualmente, a angioplastia coronária é o melhor tratamento para o enfarte agudo do miocárdio.

No hospital, o cardiologista de intervenção irá efetuar uma angioplastia coronária que consiste na colocação de um cateter fino na artéria obstruída, através do qual se introduz um balão que quando insuflado permite a abertura da artéria e o restabelecimento do fluxo sanguíneo.
Na maioria das vezes, este procedimento é complementado com a colocação de um stent, um pequeno tubo de rede metálica que mantém o vaso aberto.

O risco de ter um enfarte aumenta se algumas das seguintes situações estiverem presentes:

  • Hábitos tabágicos;
  • colesterol elevado;
  • diabetes;
  • hipertensão arterial;
  • familiares diretos com história de enfarte.

Alguns destes fatores de risco podem ser modificados ou prevenidos, essencialmente se forem adotados estilos de vida saudáveis como deixar de fumar, prática de alimentação saudável, em particular através de diminuição de sal na comida, e prática de exercício físico. Outros podem ser ajudados a controlar através de medicamentos, como a diabetes a hipertensão e o colesterol elevado.

Para evitar um enfarte é importar adotar estilos de vida saudáveis: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.

O cateterismo cardíaco é um procedimento médico, realizado pelo cardiologista de intervenção, no qual é inserido um pequeno tubo (cateter) através de um vaso sanguíneo (habitualmente na artéria da virilha ou do pulso) até ao coração. Através do cateter é possível medir a pressão e os níveis de oxigénio dentro das artérias coronárias e assim avaliar o funcionamento do coração.  Além de auxiliar no diagnóstico de doenças, como por exemplo a angina de peito, este procedimento pode ser utilizado em situações de emergência para determinar a localização exata de uma obstrução que esteja a causar um enfarte agudo do miocárdio.

Uma angioplastia é um procedimento médico, realizado por uma Equipa de Cardiologia de Intervenção, com o objetivo de melhorar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias do corpo humano. Este procedimento pode estar indicado quando placas de colesterol obstruem, parcial ou totalmente, os vasos sanguíneos comprometendo o seu fluxo.

Na maior parte dos doentes, a angioplastia é o procedimento médico indicado para resolver a obstrução das artérias coronárias e melhorar a angina de peito. Esta técnica não cirúrgica foi realizada pela primeira vez há 40 anos pelo médico Andreas Gruentzig, em Zurique, e consiste na utilização de um cateter (um tubo muito fino) com uma ponta de balão que é colocado dentro do vaso sanguíneo para o dilatar e assim recuperar o normal fluxo sanguíneo. Na grande maioria dos casos é também necessário implantar uma pequena rede metálica expansível (stent ou endoprótese) para que a artéria se mantenha permeável a longo prazo.

O bypass coronário é uma intervenção cirúrgica que permite que o sangue contorne (ou faça uma ponte sobre) uma secção obstruída em uma ou mais artérias do coração. Habitualmente esta intervenção cirúrgica é necessária nos casos em que diversas artérias do coração estão obstruídas de forma generalizada. A manifestação mais comum de doença coronária é um tipo de dor no peito, denominado angina.

A angioplastia é um procedimento médico que usa técnicas endovasculares, isto é, através de um tubo muito fino (cateter), introduzido no corpo do doente por via minimamente invasiva, é dilatada uma artéria para melhorar o fluxo sanguíneo e colocada uma rede metálica expansível (stent ou endoprótese) para que a artéria não volte a ficar estreita. A angioplastia é realizada por cardiologistas de intervenção nos laboratórios de hemodinâmica dos hospitais.

O bypass coronário, por outro lado, é uma intervenção cirúrgica, feita sob anestesia geral,  que constrói uma ponte que permite que o sangue flua normalmente. Essa ponte liga dois segmentos saudáveis da artéria, evitando a obstrução do fluxo sanguíneo para o coração.  O bypass coronário é realizado pelos cirurgiões cardíacos nos blocos operatórios dos hospitais.

Tanto a angioplastia como o bypass coronário permitem o tratamento da doença arterial coronária.

O stent ou endoprótese é um dispositivo médico composto por uma pequena rede metálica expansível que mantém a artéria aberta por forma ao sangue fluir naturalmente.

A melhor forma de prevenir a doença coronária aterosclerótica é a alteração dos estilos de vida: não fumar, reduzir o consumo de gorduras, açúcar e sal, praticar exercício físico de uma forma regular e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Apesar do coração não possuir recetores específicos para a dor, várias das suas fibras com origem em recetores mecânicos e químicos cruzam-se com fibras nervosas que transmitem informação de dor proveniente de outras áreas anatómicas. Por este motivo, a dor cardíaca é habitualmente sentida no peito, no membro superior esquerdo, no pescoço ou na mandíbula. Ou seja, quando as células cardíacas são privadas de oxigénio, surgem estímulos nervosos que são interpretados pelo cérebro como dor proveniente de outras áreas.

O enfarte raramente é silencioso. Habitualmente, desencadeia uma sensação dolorosa ou de desconforto acompanhada de outros sintomas. Contudo, tratando-se de uma dor visceral de localização mal definida, é por vezes de difícil interpretação pelo doente e por quem o observa. 

O risco de enfarte aumenta gradualmente com a idade e depende do género e da existência de fatores de risco (hipertensão arterial, tabagismo, elevação do colesterol). As tabelas de risco europeias são elaboradas para idades a partir dos 40 anos.

Todos os anos mais de 12.000 portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio. Em 2018, registaram-se em Portugal 4 620 mortes por enfarte agudo do miocárdio, ou seja, 4,1% da mortalidade global.

O enfarte agudo do miocárdio é uma emergência e requer uma intervenção que permita desobstruir a artéria e assim salvar o músculo cardíaco. O mais frequente é ser feito com recurso a um cateterismo cardíaco para desobstruir a artéria. A precocidade do tratamento é extremamente importante para reduzir o risco agudo de morte, para preservar o músculo cardíaco e reduzir o risco de sequelas crónicas. Dependendo da gravidade e tratamento realizado, podem existir sequelas que carecem de seguimento pelo seu médico (ex. insuficiência cardíaca, risco de arritmias e de morte súbita, etc.).

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